domingo, 14 de julho de 2013

O gene egoísta vegano




Em suma, a tese defendida por Richard Dawkins em sua primeira obra, "O Gene Egoísta", é a de que a unidade fundamental da evolução da vida são os genes. É uma nova abordagem da teoria da evolução mais aprofundada. Ele defende que somos apenas uma máquina de propagação e preservação dos genes e todas as nossas atitudes estão inteiramente envolvidas com eles. Podemos associar todos os nossos sentimentos sob essa perspectiva, pois eles foram desenvolvidos apenas para o bem do gene.
Altruísmo puro, portanto, não existe na natureza. O que num rápido vislumbre pode parecer altruísmo entre espécies e em casos intraespecíficos, muitas vezes são casos não profundamente investigados, ou quem sabe ''falhas'' evolutivas, erros de estratégia gênica, pois o altruísmo é evolutivamente incompatível em termos naturais. Geralmente, essas ''falhas'' são ''estratégias'' em andamento - uma programação padronizada de comportamento baseado em probabilidades que visa primordialmente a preservação do gene.

O meio ambiente influencia no comportamento, mas não muda a natureza do gene. De uma perspectiva fundamental, somos egoístas por natureza. Mesmo num ambiente onde houvesse recursos infinitos disponíveis para todos, haveria rivalidade dentro e fora das espécies.

O que pode existir são relações mutuamente benéficas, a simbiose, em que as espécies ganham numa proporção aceitável. A simbiose é o caminho mais favorável para a evolução. É bem possível que as mitocôndrias, por exemplo, fossem algum microorganismo procarionte externo em mutualismo com microorganismos eucariontes, segundo a teoria da simbiogênese (Lynn Margulis). Nos humanos, a família, por exemplo, é uma simbiose perfeita, que permitiu a nossa sobrevivência e evolução social.

Com essa tese aplicada sob a perspectiva do veganismo, podemos concluir que o veganismo é uma relação de simbiose perfeita. Por um lado, o veganismo proporciona mais saúde, longevidade e até mesmo beleza. Estou convencido de que pessoas veganas são mais bonitas - talvez pelos alimentos antioxidantes e funcionais que passam a consumir em maior quantidade. Por outro lado, os animais não são explorados e podem viver suas vidas em paz. Veganismo é evolução. Enquanto seres humanos, não precisamos ser predadores de outros animais para viver; pelo contrário, vivemos mais quando não somos predadores.

Clécio M.

4 comentários:

  1. Peço imensas desculpas aos leitores. Percebi que um trecho de um comentário meu foi parar no meio do texto, deixando o texto sem sentido !

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  2. 2014-11-08 Olá, Clecio. Permita-me colocar que a família é uma instituição relativamente recente, que tomou força com a acumulação de capital privado, por associação com o mito hebreu e direito romano. Dessa forma, quando realmente tínhamos que sobreviver na natureza "selvagem", e como se faz ainda em muitos lugares do mundo, a família patriacal não é determinante.

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  3. Somos descendentes de um gênero chamado australopitecus, o qual era muito semelhante ha um chimpanze... e os filhos não era tão dependentes dos pais. Conforme o cerebro evoluiu, nos tornamos totalmente dependente dos pais, o que obrigou o homem e a mulher terem funções específicas para garantir a sobrevivencia da prole, portanto a monogamia é totalmente compatível com a evolução.

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  4. Quero dizer com isso, que facilitou a evolução

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